Editorial
Os cuidados precisam permanecer
Prestes a completar três anos do primeiro caso de Covid-19 registrado em Pelotas, ainda não é possível dizer que a pandemia acabou. Pelo contrário. É preciso redobrar os cuidados e, principalmente, manter a vacinação contra o coronavírus em dia para evitar que os números da doença voltem a nos trazer complicações.
Ainda que o Município tenha completado ontem a marca de um mês sem óbitos em decorrência da doença, de acordo com dados do Painel Covid-19 Pelotas, o número de novos casos vem aumentos nestes primeiros meses de 2023. Somente nos últimos oito dias foram mais de 500. O gráfico da taxa de transmissão do vírus (RT) - que é uma estimativa de como o coronavírus se espalha - apresentou um aumento significativo a partir de meados de fevereiro, justamente no período do Carnaval. O RT, que estava em 0,81 em 18 de fevereiro, chegou ao pico de 1,63, em 16 março. Isso significa que cem pessoas podem infectar até outras 163.
Com o vírus circulando ainda mais, voltamos ao ponto fundamental para que atingíssemos o patamar de quase normalidade ao redor do mingo: a imunização. Na última segunda-feira (20), o governo do Rio Grande do Sul anunciou a ampliação do uso da vacina bivalente contra a Covid-19 para todos os grupos prioritários (idosos de 60 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente; população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas; e funcionários do Sistema de Privação de Liberdade). A bivalente é uma versão atualizada da usada na campanha de vacinação que teve início em 2021. Este imunizante foi elaborado com base na variante original do coronavírus (o Sars-CoV-2) e na variante Ômicron - que é, atualmente, a de maior circulação.
Diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, voltou a ressaltar a importância da vacinação. "É importante que a população acredite na vacina, pois é uma medida segura e eficaz que previne o indivíduo contra complicações quando infectado pelo coronavírus, evitando hospitalizações e óbitos."
A afirmação citada acima é algo que já foi dito incontáveis vezes, mas que precisa ser repetida quantas vezes forem necessárias. A ciência mostra que as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes e que essa ainda é a forma mais segura de protegermos a nós mesmos e a todos ao nosso redor.
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